20 de junho de 2017

Quer que eu faça um café?


O café. Já ouvi dizer que ninguém nasce gostando de café, que a gente aprende a tomar quando vira gente grande, ou, que quando a gente passa a gostar de café é um sinal de amadurecimento, não sei por qual motivo, as 02:37 eu parei pra pensar nisso enquanto tento pegar sono. Me deu um estalo e eu percebi que essas ideias podem ser reais. Eu não gostava de café, aliás, eu odiava. Por diversas vezes eu tentei tomar e não consegui, hoje em dia eu adoro. Quando trabalhava tomava todos os dias, às vezes o dia inteiro, um copinho a cada intervalo de tempo de acordo com a necessidade do dia. Onde quero chegar que isso? Que talvez a afirmação do amadurecimento esteja correta.

Não quero pagar de “ah, como eu sou maduro”, até porque estou um pouco longe disso, mas, parei pra pensar que do tempo que passei a gostar de café, aproximadamente 3 anos, muita coisa mudou na minha vida, e sim, eu sinto que amadureci, ou, usando o outro exemplo, virei gente grande. Eu sou a mesma pessoa de sempre, o mesmo menino que adora parques de diversões e ainda é fã da Xuxa aos 25, mas eu sinto que por dentro muita coisa mudou. Coisas perceptíveis aos mais próximos. Tenho um aplicativo onde vejo tudo o que postei nas redes sociais nos últimos 7 anos, é praticamente todos os dias tenho uma prova de como eu nunca mudei, eu só não estou igual.

Há três anos atras eu tinha muita insegurança, eu ainda não tinha certeza do que queria pra vida, hoje eu ainda não tenho uma certeza absoluta (aliás, é difícil ter), mas eu diria que estou meio caminho andado. Eu não tinha certeza se as minhas amizades, se as pessoas mais próximas de mim, estariam comigo depois de tanto tempo, principalmente porque os mais próximos estavam longe de São Paulo. Três anos depois eu vejo que nunca mudou nada, aliás, só fortaleceu. Alguns voltaram, outros também foram pra longe, mas sempre estamos unidos. Se eu puder escolher, tenho certeza que não mudaria nada no que tenho hoje neste quesito, as pessoas que hoje são próximas a mim são maravilhosas, e o grande defeito delas é não terem defeitos (Roxanne vibes).

Voltando ao ponto inicial do nosso assunto, o café, também podemos igualar situações da vida aos tipos de café (não encontrei palavra melhor). Temos os dias azedos, os doces, os frios, os quentes (não me refiro a metereologia, que aliás, por mim poderia ser sempre fria), e esses dias nos ensinam o rumo que devemos tomar em nossas vidas. Há três meses eu dei um grande passo na minha vida, me demiti de uma empresa que por anos me fez muito bem, fez parte e foi a grande responsável pelo meu amadurecimento. Devo muita coisa a ela. Eu entrei sendo um menino bobo e totalmente desestruturado,  saí no auge do stress mas com uma ótima bagagem de experiência e maturidade.
Embora as controvérsias, não desejo o mal a ninguém dali, uma que acredito que quando se deseja o mal, você se cerca de mas energias que voltam pra você, e, porque por anos eu fui feliz naquele lugar e com aquelas pessoas, desejar que tudo aquilo se acabe, por mais que alguns infelizmente mereçam, desejar o mal nunca é a melhor opção. Hoje trabalho em casa, aliás, sempre me via trabalhando de casa, acho um avanço incrível que a “era digital” nos trouxe. Sei que não vou me sustentar pra sempre, e, que preciso crescer, por isso também busco oportunidades presenciais. Pra quem me conhece ou já leu por aqui, sabe que eu odeio rotina, não me imagino trabalhando em escritório pro resto da vida, mas infelizmente perdi o tempo da minha vida no Playcenter ao invés de descobrir isso aos 16 anos quando ainda dava tempo de mudar e decidir o que quero. Aos 25 preciso dançar conforme a música, e, ir no caminho mais convencional ao dinheiro: trabalhando 5 dias por semana em horário comercial, batendo ponto e levando marmita. Se o amadurecimento que eu digo ter tivesse vindo a esta época, com certeza as coisas hoje seriam muito diferentes. Eu sempre disse que queria ter a oportunidade de voltar a faixa dos 16, 18 anos, não mudaria muita coisa, mas direcionaria melhor a área acadêmica e a profissional, que por muitos anos foram empurradas com a barriga.

A convivência é tão natural que eu sei que muitos amigos lerão esse post e vão pensar: “ah, que mentira, ele não mudou nada”, é como quando uma pessoa que vemos todos os dias faz dieta, faz parte da nossa rotina tão naturalmente que não percebemos, mas quando encontramos qualquer um que não vemos há um tempo e que tenha feito a mesma dieta, de cara percebemos as mudanças, é assim que talvez algumas pessoas me percebam. Hoje converso com algumas pessoas que no passado já briguei por besteira, ou que simplesmente não gostava delas por motivos banais, acredito que isso faça parte do amadurecimento.

Bom, já passa das 3:00, amanhã tenho compromissos, por isso preciso dormir. Queria falar muito mais, outras coisas que sinto, abordar outros assuntos, mas o post ficaria muito grande, prometo que volto em breve e concluo meu pensamento. E não se preocupem, o dihzao crianção ainda mora aqui dentro e vai continuar fazendo as piadas sem graça e usando memes para se expressar. Por ora é isso, é, para encerrar, vamos tomar um café? Só marcar que eu vou. ;)