12 de jan. de 2017

Ouça o que eu digo: só o que vem do coração faz sentido.

                                                    2016, que ano.

Não serei hipócrita, todos os anos as pessoas imploram para que ‘ele’ acabe logo, a fim de iniciar um ano novo achando que tudo muda, mas não, não muda. Também não tô aqui pra dar lição de moral, vim falar sobre mim, não sobre os outros. Ao meu ver, não muda nada, mas vamo lá.

Esse ano foi incrível. Não sei nem por onde começo. Mudando a tradição dos outros anos, onde fiz imagens para cada mês, agora vou deixar que as palavras mostrem mais o que vivi. Quem me acompanha, sabe que todos os anos eu prometo emagrecer e tirar a carteira de motorista. Pois é. Eu comecei o ano de dieta, com o intuito de fazer uma cirurgia de desvio de septo, amigdalite e outros problemas que eu tenho, mas a missão logo foi abortada, não consegui emagrecer. Na verdade, o ‘não consegui’ pode ser substituído por ‘não me esforcei’. Eu tenho uma preguiça tamanha de fazer qualquer coisa que esteja ligada ao meu bem, eu mesmo me saboto por muitas vezes. Se eu me levasse mais a sério, possivelmente a essa altura teria muito mais coisas do que tenho, mas, por outro lado, eu amo a minha vida, eu amo o jeito que sou, tenho muito medo de arriscar e dar errado. Dar errado não necessariamente significa fracasso, mas na minha mente eu tenho muito medo de errar, qualquer que seja a coisa, eu sempre me imagino virando a maior chacota do mundo. Mas também, e se for? Pra quem viveu a vida inteira sendo chacota dos outros, uma a mais uma a menos tanto faz. Aliás, não to me fazendo de coitadinho, caso estejam pensando. Nunca fui infeliz na escola, mesmo com toda a zoeira que aguentei por ser ‘diferente’.  

Sobre tirar a habilitação, finalmente consegui. Já escrevi algumas coisas aqui no blog, mas definitivamente essa é uma das maiores conquistas da minha vida, de verdade (obrigado pais). Eu achei que nunca conseguiria dirigir, para mim isso era um monstro de sete cabeças, mais uma vez pelo medo de errar. Até porque, errar no trânsito é muito pior do que ser zoado na escola ou na carreira, errar no trânsito mexe com vidas. Eu jamais quero ser responsável pela morte de alguém, e no que depender de mim isso não ocorrerá. Não ser refém de carona, de ônibus e de Uber é a maior sensação de liberdade do mundo. Nada me deixava mais feliz após um dia estressante de trabalho pegar o carro e vir pra casa. Falando em trabalho, me demiti. Pra quem não sabe. Trabalhar na Barred’s foi uma ótima experiência, de forma alguma cuspo no prato em que comi por quase quatro anos. Mas a partir do momento que a coisa não começa me fazer bem, a mexer com o meu emocional e me traz as piores sensações do mundo eu prefiro cortar pela raiz, até porque eu não tinha um salário compatível com o meu cargo, então garanto que quem perdeu não foi eu. Eu já disse aqui que não me vejo trabalhando em escritório, de segunda a sexta, com uma rotina estabelecida. Eu sempre quis um trabalho diferente, onde eu pudesse viver cada dia uma coisa, eu não sei onde eu arrumaria esse emprego, mas acho que a minha vida profissional estaria 100% bem resolvida quando arrumasse o emprego dos sonhos. Meu sonho é ser ator, talvez eu não tenha o dinheiro e a disponibilidade para ir atrás disso, acho que essa vontade é mais uma das que vou ter que deixar na caixinha dos sonhos. Não me considero infeliz profissionalmente, eu diria que parte do meu contrato com a Barred’s eu trabalhei com muito amor e empenho. Eu ficava muito feliz em trabalhar lá, não me conformo como tudo pode ter desmoronado assim. Em meu emprego anterior (que eu também me demiti), no último dia eu chorei muito, embora eu tenha escolhido sair, eu sabia que sentiria falta, desta vez, nem uma simples lágrima escorreu, o stress e o desgosto corromperam todo o amor que eu criei e cultivei por todos esses anos. Não culpo chefes e diretoria, sei que em momentos de crise o desespero pode trazer certas atitudes (atitudes estas que me fizeram sair), mas eu acredito muito que mais que dinheiro, contratos e cargos, as relações pessoais merecem ser valorizadas dentro da empresa, o respeito também merece participar das reuniões e, o agradecimento também. Aliás, eu disse que não chorei, mas me emocionei no ônibus na volta pra casa (justo neste dia eu tava sem carro), coloquei Lua de Cristal nos fones e as frases “tudo o que tiver que ser será” e “que não me falte forças pra lutar” casaram exatamente com o momento que eu tava passando.

Procurar emprego não é uma tarefa muito difícil para mim, de quatro entrevistas que fiz, passei em três, o problema é chegar até a entrevista. Nos próximos dias início uma jornada em busca de um novo emprego, apesar do anseio de descobrir novas empresas, novas pessoas, novas funções, o medo e a falta de confiança em mim mesmo me embrulham o estômago. Eu sempre acho que não sou capaz de conseguir. Vejo as vagas disponíveis na internet e o medo toma conta do meu ser. Talvez eu precise de terapia. Eu sei que não sou tão ruim assim, tenho boas formações, só preciso trabalhá-las melhor. Além de tirar a carta e me demitir (que foram as maiores realizações do ano), 2016 me trouxe muita coisa boa. Firmei ainda mais algumas amizades, outras afastaram e já não fazem falta, trouxe amigos de volta para minha vida e conheci algumas pessoas novas. Mais uma vez termino o ano sem namorar, não que isso seja uma prioridade, nunca foi, mas como eu sou ansioso, eu imagino alguns acontecimentos e fico na ansiedade para que se tornem reais. Aliás, 2016 foi bem fraco nos contatinhos, já estive melhor. Que esse ano me traga vários danadinhos no contatinho do pai.
Um dos principais acontecimentos do ano foi o XuChá, que já falei sobre ele no último post, mas como tô encerrando o ano, não posso deixar de cita-lo. Até hoje não acredito que esses dias aconteceram na minha vida (falo no plural porque foram dois). Juro. Eu vejo vídeos e meus olhos enchem de lágrima. Que sonho! Em 2017 pretendo ver essa mulher muitas vezes, estar na presença dela me traz uma alegria que não sei explicar. Quem quiser ler mais sobre esse dia é só clicar ali embaixo em “postagem anterior” que eu explico tudo direitinho como foi!

Falando de dias mais ‘comuns’, em 2016 teve MUITA bebedeira (e o maior porre da minha vida no bloco de carnaval da Gambiarra), tive o melhor aniversário de toda a minha vida em Piedade, com todas as 20 pessoas da festa passando mal de tanto beber e de tanto dançar, estive inúmeras vezes no Hopi Hari, conheci o Parque da Mônica, pude ver a Anitta cinco vezes e estar no show de lançamento do DVD da Sandy. Como eu posso reclamar do meu ano se eu tenho a melhor família e os melhores amigos do mundo?

 Enfim, 2017, sei que você já começou diferente, de 2010 pra cá eu só passei um ano novo desempregado (o de 2013), agora a saga continua. Infelizmente minha viagem para Las Vegas não vai rolar como planejado, mas tem várias outras coisas nao planejadas que eu espero que aconteçam e preencham o meu ano com muito amor, porque é só isso que a gente precisa! As promessas para esse ano são as mesmas que os outros, com exceção de tirar a carta: emagrecer, namorar alguém legal, estudar (preciso) e ser feliz.


Um bom ano novo pra vocês!