27 de dez. de 2018

Hoje eu pude ver de perto que um coração aberto torna tudo mais fácil de acontecer.

Tentei por várias vezes começar um post pra finalizar o ano mas a ideia não vinha, realmente é muito difícil fazer isso aqui, mas vou tentar fazer que seja do melhor jeito. :)

O ano começou em casa, bem diferente das últimas 5 viradas, mas isso não significa que foi ruim, foi apenas diferente. Logo em janeiro tive a oportunidade de entrar em um projeto que poderia mudar a minha vida, resisti muito em aceitar, sou medroso e por longos meses me perguntei se isso era o certo mesmo, quando de fato resolvi aceitar e encarar, a coisa não deu certo e eu fiquei muito bad, foram dias difíceis. Eu sei lidar com o fracasso mas acho que eu nunca havia chego tão ao fundo do poço, superei alguns dias depois com a ajuda de amigos e do meu amor, mas sem dúvida foi o período que mais chorei no ano, e olha que chorei algumas vezes. Foi o meu ano mais chorão e emotivo.

Em fevereiro, no meio do mês, uma pessoa me apareceu, como quem não quer nada (na verdade como quem queria tudo) e fez o meu ano diferente. Meu primeiro namoro oficial, finalmente aprendi algumas coisas que ainda não entendia. E nesse quase 1 ano eu percebo que cresço cada dia mais. É tudo melhor do que imaginei. Eu sempre estive acompanhado dos melhores amigos mas eu ainda me sentia sozinho, hoje sou completo e tenho muito a agradecê-lo. No começo, eu, sempre inseguro, sempre me perguntava 'será que chega a 2 meses?' 'será que chega a 6 meses?' 'será que chega até o natal?' e hoje em dia eu só penso que seja eterno. Muito obrigado por tudo. :)

Em Abril tive um ocorrido que desestruturou a rotina dos meses seguintes. Sim, fui expulso injustamente do local que mais frequentei nos últimos 2 anos. Um erro de interpretação de uma pessoa causou todo um dano. Bom relacionado como sou, pela primeira vez processei alguém e obviamente ganhei. Pela primeira vez tomei calmantes, as vezes dois, três de uma vez pra segurar a barra mas no fim deu tudo certo. Hoje já posso retornar ao local, mas o trauma ainda permanece. Quem sabe em breve.

Neste ano pude perceber que pessoas mudam, amadurecem, e tem gente que continua sendo imatura e invejosa. Foi dificil lidar com muitas situações, mas, parece clichê, mas é muito real: no fim o bem sempre vence. Também percebi que tenho muitos amigos de verdade, até mais do que imaginei. Isso me dá um prazer e um conforto maravilhoso. Fico triste por quem não pode commpartilhar deste mesmo sentimentos, ainda vejo muitas pessoas sozinhas no mundo e imagino muito como se sintam. Que 2019 traga novos amigos pra todo mundo.

Embora muito desencontro, mágoa e dor, em 2018 realizei um sonho que tenho desde 2010. Todos sabem como sou fã da Sandy desde criança, e, principalmente agora adulto. Desde 2010 a Sandy trabalha com músicas intimistas e que sempre conversaram muito comigo, mesmo que eu fosse solteiro até então. Músicas apaixonadas que sempre conversaram muito comigo e hoje em dia são a trilha sonora de meu relacionamento. Completei o ciclo que faltava neste mês, dia 09, quando finalmente pude desfrutar de um show namorando. Não preciso nem dizer o quanto chorei e o quanto eu choro as vezes em meu quarto ouvindo certas músicas. Eu sei que falando por texto pode parecer meio bobo mas realmente foi uma emoção bem grande por realizar algo que sempre sonhei. Esse dia ficará marcado pra sempre pra mim. <3

2018 foi o ano do 'ah, pronto'. Todo dia uma coisa ruim diferente, todo dia um acontecimento pra desestabilizar o emocional até dos mais fortes. Eu não tenho dúvidas que este ano foi um dos piores da década, ao menos pra mim. Eu sei que somos nós que fazemos o ano e estou com força total para fazer de 2019 um ótimo ano, espero em dezembro poder vir aqui compartilhar as vitórias. =)

Um Ótimo Ano Novo pra todo mundo que leu, até ano que vem. =)

25 de jun. de 2018

Party in France? You better Work, Bitch.



Duas semanas. Hoje é Domingo, está de noite, e por um bom tempo vou ter essa nostalgia dominical. Há duas semanas, neste mesmo horário eu embarcava pra primeira viagem internacional da minha vida, e espero que esse post estilo Diário de Viagem seja o primeiro de muitos que pretendo postar. 

Tudo começou há sete meses, ou melhor, vamos começar do começo. Tudo começou há mais de um ano, quando o Alisson me chamou para ir a Londres visitar sua Irmã, e, logicamente a cidade, parques e afins. Fiquei muito tentado a ir, na verdade quase compramos a passagem, se eu tivesse limite no cartão eu teria comprado na hora. Tentei conversar com minha família, mas infelizmente não me levaram a sério, além disso, uma vontade louca de ir para Las Vegas ao show de Britney Spears não saia da minha mente. Decidi arriscar. Tirei meu passaporte, tentei o visto, mas infelizmente fui negado, aliás, ano passado houve um aumento de mais 200% na negação dos vistos para brasileiros e infelizmente virei uma estatística (ah, que saudade dos meus 700 reais). A viagem para Londres ocorreu sem mim e foi maravilhosa, ouvi muito conselho que precisava viajar, conhecer novos lugares, outros parques. Ouvia tudo com um sentimento do tipo “isso nunca vai me acontecer”. É, vocês sabem que eu sou uma pessoa um pouco pessimista, e depois da enorme decepção com o visto, eu tinha perdido totalmente a vontade de viajar para qualquer lugar que fosse. No fim do ano passado fui convidado por eles para outra viagem, desta vez outro destino, como sempre fiquei muito empolgado novamente, mas problemas financeiros e a ideia de sair do emprego fizeram a empolgação durar pouco, mais uma vez não era a hora de sair do Brasil.

Pois bem, agora sim, em Janeiro deste ano, ou, há sete meses, como preferirem, mais uma vez fui convidado para viajar, agora uma viagem mais curta, apenas quatro dias, na cidade das luzes, Paris. Quem já teve a oportunidade de viajar, sabe que às vezes não importa o numero de dias, e sim o valor das passagens. Aliás, fazendo um comparativo, a passagem foi o dobro do valor gasto com hotel, seguro, alimentação, passaportes e afins. Decidi mais uma vez conversar com meus pais. Esperei o momento certo, um jantar no Outback, abri a ideia na mesa e perguntei o que achavam. Foi uma reação legal, mas ao mesmo tempo apreensiva. Acho que sou o primeiro da minha família inteira a viajar pra fora, então há um certo receio, de não saber como é, o que vai acontecer, mas recebi o aval e o apoio dos meus pais. Alguns dias mais tarde, em uma ligação via FaceTime juntamente com o Alisson, pedi ao meu pai uma colaboração no valor da passagem, e recebi um ok. Na mesma hora o Alisson já fez todo o trâmite para a compra (vai que ele desiste, né) e eu tava com uma vontade de gritar pro mundo: EU VOU PRA PARIS, mas não, dessa vez eu não ia falar pra ninguém. Eu ia curtir sozinho a minha ansiedade. Na verdade, a única pessoa que eu contei foi a Amanda, nesta mesma hora. Ela voltava do curso, era 23h, estava no metrô e eu super eufórico contando pra ela que iria a Paris.

Ok, a viagem estava comprada, mas e aí? Ainda não tinha certeza se ia. Eu precisava de dinheiro e eu tinha acabado de pedir as contas do serviço. Mas como as coisas acontecem quando tem que acontecer, eu tinha uma série de benefícios pare receber, além do meu freelancer, e com isso consegui pagar todos os gastos da minha viagem e juntar uma grana pra comprar as coisas que sempre sonhei. Eu não sei dizer se os seis (quase sete) meses passaram rápido ou devagar. Meu ano tem sido tão foda, aconteceu tanta coisa, nem tive muito tempo para pensar nisso. A estratégia de não contar pra ninguém me ajudou. Quando eu conto as coisas minha ansiedade aumenta, pois passa a ser assunto em meu Twitter, em conversas e eu fico com aquilo na cabeça. Eu simplesmente tentei esquecer para o tempo passar mais rápido, e passou.

Domingo, 25 de junho. Nosso dia chegou. Acordei cedo, o mais cedo que planejei, uma pena, pois queria dormir até às 13h para o dia passar mais rápido. Próximo as 10h despertei e a hora não passou de jeito algum. Porra, minha vontade era de gritar de tanta ansiedade que eu tava sentindo. Enfim, 17h30 os bests chegaram em casa, faltava uma hora para partirmos. Como estava acompanhado, a adrenalina desceu e eu já fiquei mais calmo. Saímos de casa em direção ao Aeroporto de Guarulhos, praticamente meu vizinho, apenas 9km nos separam. Meu check-in já estava feito desde sexta, então só despachei a mala, jantei com meus pais e embarquei (literalmente) neste sonho.

Após quase 11 horas de viagem, eis que Paris surge na pequena janela do avião. QUE SONHO. Fixei meu olhar e lá do céu consegui ver a icônica Torre Eiffel. Eu não conseguia acreditar, parecia uma miragem, ou um sonho muito louco. Enfim, pousamos, agora a ansiedade era para outra etapa: a imigração. Ficamos uma hora na fila para o agente nos dizer um “Bonjour”, carimbar nossos passaportes, e, muito carismático, em seguida lançou um “Muito obrigado”. SÓ ISSO. Eu passei seis meses ansioso pela imigração, a uma hora que aguardei na fila foi agoniante para ele sequer perguntar meu nome. Tudo bem. Melhor assim. AGORA SIM: cheguei, Paris!

Usar o monotrilho, o metrô e outros transportes parisienses é a realização de um sonho bobo, mas que me alegra muito. Eu desde criança sempre amei metrô e eu já amo ter conhecido o do Rio de Janeiro, conhecer as milhares de linhas e estações de Paris foi um passo muito a mais do que planejei. Mas enfim, tivemos uma segunda muito corrida. Andamos pela cidade inteira neste dia. Louvre, um parque de diversões incrível que tinha ao lado, 
Champs-Élysées, realizei meu sonho de comer Mc Donald's em outro país, fui na Fnac e comprei coisas importadas da Britney, Arco do Triunfo e por fim: vi a La Tour Eifeel pelos jardins do trocadero. Eu acho que até hoje me arrepia a cena só em lembrar. Que coisa linda diante dos meus olhos. É impossível não se emocionar. Comprei uma Fanta e é incrível como o sabor e as cores são diferentes, algo que nunca imaginei. Chegamos de madrugada em casa, cansado, com as pernas assadas de tanto andar, os pés completamente calejados, mas felizes, muito felizes pelo dia maravilhoso que tivemos. 


     (Aeroporto, Monotrilho do Aeroporto, Musée du Louvre, Mc Donald's, Arco do Triunfo e Jardins du Trocadéro)

Antes de dormir, conversamos, tomamos banho, passamos pomadas nos calos e bora descansar por mais ou menos 3 ou 4 horas, afinal, não viajamos pra dormir. Na terça, tomamos café da manhã e decidimos visitar as Catacumbas, coisa que vi em um filme e morri de vontade de conhecer. Ficamos presos em uma fila de umas 2 horas, mas que valeu cada minuto da experiência. Eu não me imagino voltando a Paris e não passar por lá. Sério. É surreal. Em seguida almoçamos em um Bistrô bem próximo e o Alisson foi encontrar com os pais que tinham acabado de chegar, eu e o Fagner fomos andar sozinhos atrás do 'Musée d'Orsay', ambos sem falar inglês e muito menos Francês. Infelizmente a fila do museu estava lotada e não daria tempo para os próximos eventos: visitar Notredame e subir a Torre Eiffel. Pois é, entre os eventos, aconteceu o que a maioria de vocês já sabem: tomamos a senhora multa dentro do metrô por estamos utilizando 'bilhete único' sem identificação. Mas ok, fiquei 35 euros mais pobre? Fiquei. Fiquei sem trazer pelo menos umas 4 canecas por causa disso? Sim. Mas a vida segue e subimos a Torre Eiffel. Que experiência do caralho! Eu tenho tudo em minha mente como se fosse ontem. O frio, o elevador, o anoitecer em Paris diante dos meus olhos a uma altura de 300 metros. Durante a noite ainda andamos a cidade inteira, de ônibus e a pé, comemos mais uma vez no Mc Donald's (desta vez foi um pouco complicado pq a funcionária não falava inglês e o atendimento eletrônico estava desligado), chupei o melhor sorvete de Fast Food da minha vida e mais uma vez chegamos em casa no auge da madrugada.


                         (Metrô, Catacumbas de Paris, Almoço e La Tour Eiffel, de cima a baixo)




A quarta-feira tinha Disney. Eu juro que eu só consegui dormir as poucas horas que dormi porque estava muito cansado, mas a ansiedade por dentro me doía. Até o rápido café da manhã demorou pra passar. Pegamos o trem que nos deixou na entrada do parque. Acredito que essa seja a única coisa que eu lembro com clareza. Daquele momento em diante eu tenho flashs na minha mente. Eu vivi tão intensamente tudo, e foram tantas coisas que eu nem consigo lembrar. Que lugar incrível. Nem tenho tantas fotos pois realmente nem tivemos tempo pra isso, e quando dava o tempo eu tava todo descabelado ou suado e as fotos não ficaram boas. Mas mesmo assim, que dia incrível. Eu morro de saudades. Acho que não tem um só dia que eu não lembre de algo, principalmente com o tanto de coisas que trouxe e estão expostas no meu quarto. Aliás, e que coisas. Acho que Deus fez tudo dão certo pra dar certo que eu pude levar uma boa quantia pra poder trazer quase tudo que eu sonhei. Hoje já nem tenho mais espaço no meu quarto, mas sonho com o retorno e trazer o mesmo número e sacolas ou até mais. Saímos da Disney quase meia-noite, e não contente em ter gastado milhões de euros lá dentro, no lado de fora há uma espécie de City Walk onde havia mais uma grande loja do mundo Disney, obviamente entrei e comprei mais. Chegamos em casa quase 2 da manhã, e quase que não chegamos, pois o metrô estava prestes a fechar. Tínhamos um Burger King em frente ao hotel mas que por um azar aparentemente tinha acabado de fechar, pois os funcionários estavam lá dentro mas as portas já estavam fechadas. Alguns passos adiante avisto um restaurante lindo, resolvemos entrar e fomos surpreendidos com o bom atendimento e o ótimo sabor do jantar. Acho que nunca comi uma lasanha tão saborosa. Ou, era a minha fome mesmo, depois de ter comido um lanche na Disney e quase 10 horas depois não ter tomado nem água. Aquela era a nossa última noite em Paris, passou tão rápido, aquela deprêzinha de fim de viagem já estava batendo, mas a quinta ainda tinha muito pra nós. 

                              (Walt Disney Studios, Disneyland Paris e restaurante Chezaldo)

Obviamente, perdemos o horário, depois de 3 dias dormindo 3 horas e de ter chego 3 da manhã em casa, acordamos mais tarde que o previsto. Arrumamos nossas coisinhas e partiu último rolê da viagem: Parc Asterix. Eu particularmente não tava muito ansioso, achei que seria um rolê mais 'bobinho' (eu não pesquisei nada sobre a Disney e sobre o Asterix antes de viajar, então pra mim tudo foi surpresa), e fui muito surpreendido com a qualidade do parque. Tematização impecável, rides incríveis, montanhas-russas animais. Finalmente fui na minha primeira montanha-russa invertida, um splash gigantesco e uma atração incrível que nem sei explicar tamanha imersão que ela traz. Do Asterix fomos para o aeroporto, o sonho tinha acabado. Mais uma vez comi no Mc Donald's, um lanche que eu estava muito ansioso pra comer (pois tinha visto todo o cardápio ainda aqui no BR), passei no Duty free e comprei perfumes, afinal, não dá pra ir pra Paris e não trazer perfume e foi isso. Na Sexta já estava novamente em São Paulo de volta a minha vida normal. 



                              (Parc Astérix e Aeroporto CDG)

Esse post não é pra me exibir ou qualquer coisa do tipo. É pra dizer que as coisas podem sim acontecer. Eu nunca sonhei com essas coisas pois elas sempre estavam muito distante de realiza-las, mas eu comprovei que sim, que é possível. Agora eu quero voltar, seja em família, seja com amigos, seja com o meu amor. Visitei Paris inteira em 4 dias com meus amigos, eu preciso de gente que tenha este mesmo fôlego de não dormir e pra explorar.

É isso.

Je t'aime, Paris.

Merci.




11 de mai. de 2018

Já tô dizendo aos meus amigos: calma que eu não vou pirar, já pirei.

Pois é, eu pirei. E isso é muito surreal pra mim ainda.

Eu tenho 26 anos, e, quem me conhece, sabe que sempre ironizei namoros acreditando que isso nunca ia acontecer pra mim. Eu tive pequenas experiências que não deram certo, os motivos não cabem aqui, mas, depois delas, acreditei que não aconteceriam de novo, e de fato demoraram 8 anos para acontecer novamente. Agora vamos ao ponto onde quero chegar: sim, estou namorando.
Sempre fui uma pessoa que não acredita em destino, ou coisas místicas e o que seja, mas parece que tudo conspirou para que desse certo. No dia certo, na hora certa uma pessoa curte várias fotos minhas no instagram e me segue, pensei: ué? Geralmente eu não sigo de volta, pois o Instagram tem uma cultura de pessoas que fazem isso e depois dão unfollow, então, para não perder meu tempo, geralmente nem sigo. Dessa vez, algo me chamou atenção e eu resolvi seguir. Um minuto depois recebo uma direct: ''Oi, Crush'' (ou algo assim), fiquei: what?. Na mesma hora printei e mandei pro Fagner (ele recebe tudo o que me mandam nas redes) e falei: ele tá me bulinando, nem vou responder. O Fagner deu aquela stalkeada básica e disse: ah, ele é bonito, não tem cara de esquizo e parece ser legal, responde sim. Ok, respondi. Os minutos que sucederam a conversa foram ótimos, parecia que já éramos amigos. Trocamos Whatsapp, ele me mandou uma mensagem: 'Oi, sou eu, Hero, salva meu número aí!'. Pensei: Ata. Eu não costumo salvar números na agenda, meu celular tem apenas 30 contatos que é de quem uso frequentemente e em alguma emergência posso ligar através de comando de voz ou algo do tipo.

Os dias foram passando, a conversa seguindo, e, embora algo me incomodasse muito (eu não sou o tipo de pessoa que se sente a vontade recebendo elogios, e, eu tenho a infeliz ideia de macho alfa onde gosto de 'caçar' ao 'ser caçado'), percebi que tinhamos muito em comum e marcamos o primeiro date depois de duas semanas. Eu não sabia onde enfiar a minha cara. Quando eu quero, consigo ser a pessoa mais extrovertida do mundo, mas, há também os momentos de timidez extrema, e esse era um dia desses. Marcamos no Shopping West Plaza e em uma feliz coincidência, nos encontramos no Playland (Playcenter sempre presente na minha vida), demos um abraço e começou o famigerado date. Eu só tive um date na minha vida, sempre peguei as pessoas 'aleatóriamente', e eu nem lembro como foi esse date, só sei que no mais recente eu estava completamente incomodado e sem graça. Eu não sabia onde enfiar a minha cara. Resumindo, assistimos ao filme Pantera Negra, nos créditos finais finalmente nos beijamos (pq não paguei 36 reais pra beijar durante o filme) e as cenas a seguir foram muito mais tranquilas. Já saímos do cinema de mãos dadas e abraçados. Ganhei um presente logo no primeiro dia, uma caixa de Ferrero (que tenho até hoje pois tenho dó de acaba-la), e por mais estranho que eu tenha achado, pensei: nossa, já ganhei presente no primeiro dia, entendi que foi um gesto de carinho, embora tenha achado estranho.

Eu não sou uma pessoa fria, mas posso dizer que tenho os sentimentos contidos, e os dias que se sucederam ao date foram os mais difíceis. O Hero gostou muito, e, embora eu tenha gostado, eu ainda estava no ''ah, tudo bem''. Meus amigos já faziam piadas com vestido de noiva, namoro e eu ainda estava no: 'ah gente, nem vai dar nada'. Eu realmente não acreditava (ou fingia que não) que aquele momento era meu. Os dias se passaram, chegou o 2 date, ganhei outro presente, tudo fluiu muito melhor, deixei a timidez (ou parte dela) em casa e dali por diante eu tive a certeza: estou gostando dele. Do segundo em diante, hoje eu nem consigo mais contar quantas vezes já estivemos juntos, finalmente o apresentei pros meus amigos, todos aprovaram e há mais de dois meses estamos nessa vida.

O mais engraçado, é que ele é quase que ao contrário de tudo o que eu sempre 'busquei', mas ao mesmo tempo ele se encaixa perfeitamente em mim. Pois é, eu dei o braço a torcer e estou muito apaixonado. Esse momento é meu. E por mais que eu já tenha lido indiretas no twitter de 'gente que ta apaixonada e só tem 2 meses', e já teve gente que falou diretamente a mim que não dura 1 ano, sigo sem vergonha de demonstrar meu sentimentos, mesmo que seja recente. Ainda que eu não poste muito, eu tenho sido bem reservado, tanto com o relacionamento e com coisas da minha vida. E também, porque o tempo pode ser muito relativo, para mim que nunca me deixei levar, 2 meses já é um recorde, para outros que possuem namoros com prazo de validade, 2 meses pode ser pouco. Eu prefiro viver um dia de cada vez e deixar que o tempo leve enquanto durar.

É isso.


21 de mar. de 2018

Aumentou em mim a pressa de ser tudo o que eu queria...


Olá, amigos. Tudo bem? Pois é, quanto tempo não apareço por aqui.

Aliás, eu tenho até vergonha da última vez que apareci por aqui. Foi num momento meio de desespero, estava completamente apaixonado por um guri e 'não podia' gritar pro mundo, então achei no blog uma forma de desabafar ou tentar amenizar o que tava sentindo. Caso alguém esteja curioso, não, não rolou nada, infelizmente (ou felizmente, dependendo do ponto de vista), mas tirei algumas lições disso. Pela primeira vez depois de anos tive coragem de 'chegar em alguém', ainda que não tenha sido uma experiência bem sucedida, e parece meio sadomasoquismo, mas foi legal 'sofrer de amor', é uma coisa que eu sempre disse: ninguém morre de amor. Os amores vem, vão, aparecem, desaparecem, nosso trabalho é saber administra-los e não cair na pilha. Sempre achamos que o 'amor novo' é o mais forte, mais intenso, mas muitas das vezes nem é, é mais uma falta de controle e de parametros para avaliar. Hoje eu avalio melhor e vejo que não amei, talvez tenha sido uma vontade louca de beijar, ou até cheguei a gostar, mas amar, sem dúvida não amei. Eu tento não ser coração gelado, mas as vezes tenho medo de nunca conseguir amar alguém. Espero encontrar alguém que me prove o contrário.

Superado o tópico 'Adriano morreu de amores pelo @', preciso dizer que senti muita falta de fazer meu tradicional post de fim de ano e principalmente o de aniversário. O segundo ainda está em tempo, então posso considerar este como o próprio, mas o meu fim de ano até que foi animado e não consegui me concentrar para escrever. Eu tive a oportunidade de ter um ótimo 2017, fiz muita coisa foda, vivi momentos incríveis, aconteceram coisas que nunca imaginei acontecer e isso me dá um gás enorme. É horrível ser uma pessoa hiperativa que estava estagnada por anos. 2018 por enquanto está me trazendo 2 oportunidades de ter um ano diferente, e como sou muito medroso (já comentei isso em muitos posts) quase as deixei passar, mas meus amigos me deram um suporte e o falta de coragem pro não também fizeram acontecer. O mais engraçado, enquanto estava escrevendo isso, uma frase ecoou pelo som do meu notebook: 'e só perde quem não corre atrás, quem não joga o jogo por ter medo de errar'. Parece que não, mas eu me cobro muito, e acho que por me cobrar tanto eu tenho medo de errar, é como se eu não admitisse um erro meu. Em algumas conversas recebi a mensagem: 'você é novo, está na idade de errar', eu discordo muito, eu acho que estou ultrapassadíssimo com 26 anos, hoje me arrependo demais, se eu pudesse, sem dúvidas voltaria aos 16 e começaria tudo novamente, como isso não é possível, tentarei ser uma pessoa mais flexível e aberta aos novos desafios. O que não posso a essa altura do campeonato ficar de braços cruzados esperando as coisas caírem do céu. Se bem, que teóricamente caíram, pois não fui atrás delas, então por que não agarra-lás, né?

Fiz um post rápido pra deixar registrado o início de algumas coisas novas na minha vida, se derem certo ou errado, com certeza eu volto pra contar. Eu queria ter postado mais, ano passado comecei vários posts, principalmente após minha viagem pra Paris, mas não consegui terminá-los, pra escrever eu preciso me concentrar e isso é bem difícil, mas tentarei exercer melhor este lado em 2018.

Muito obrigado aos que não desistem de mim nunca, aos que chegaram agora e aos que ainda chegarão. Vocês são importantes pra mim.

Um beijo.