31 de ago. de 2013

‘Você virou o meu mundo de ponta cabeça...’

Agosto de Deus.

Agosto: mais da metade do ano, o mês do cachorro louco, o mês que (psicologicamente) tem mais dias no ano, mês da volta às aulas, mês do desgosto, entre outras coisas negativas. Agosto pra muita gente sempre significou um mês negativo, ou uma coisa ruim, mas pra mim sempre foi um mês comemorativo. Aniversário da minha mãe, do best e a tão aguardada estreia das Noites do Terror.  

Agosto de 2013 soou diferente pra mim. Por motivos óbvios, não tivemos estreia de Noites do Terror, uma grande perda para grande maioria das pessoas que acessam esse blog. As vezes é estranho ver dias tão bonitos, onde poderiam ser aproveitados no Playcenter e que logo anoiteceriam e traziam as Noites do Terror. Sempre por volta das 22h me pego pensando: ‘essa hora eu estaria voltando do Playcenter’, todos os sábados e domingos, como as vezes costumava fazer.  Ano passado essa ausência não foi tão sentida já que tivemos o evento até quase o final de julho, mas esse ano a falta ta batendo na porta e pedindo pra entrar, as vezes ela é safadinha e entra pela janela, trazendo esses pensamentos e esse sentimento .

Mudando de assunto: Agosto me trouxe coisas boas também, finalmente arrumei um emprego. Seria muito clichê dizer que as vezes Deus faz as coisas propositalmente? Tudo bem que ficar um ano e meio desempregado talvez não tenha sido a melhor coisa do mundo (depois explico o porque), mas poxa, depois de mais de um ano sem fazer entrevistas, finalmente fui convidado, e o melhor: pra duas de uma só vez. Uma pouco me interessava, apenas aceitei porque na situação que eu tava ‘qualquer coisa servia’, e a outra pra trabalhar no e-commerce (loja virtual) da Barred’s, famosa loja de roupas, onde a matriz fica muito perto aqui de casa, sempre passo em frente voltando de quase todos os lugares que frequento. Estudei sobre a empresa, falei pra minha mãe que gostaria muito de passar nessa entrevista. Um dia antes da entrevista veio a surpresa: recebo um e-mail do Nube informando que a entrevista deveria ser de terno, e aí que veio o problema: EU NÃO TENHO TERNO!! Pensei: fudeu! Já fiquei nervoso, porque não me avisaram antes, eu já tinha gastado dinheiro comprando roupa social nova, porque as que tinham aqui em casa não serviam mais (gordo é foda). Minha mãe chegou a dizer: ‘não vai à entrevista, fazer o que...’, eis que as 23h minha vizinha me empresta o paletó do filho dela, e na terça de manhã estou eu lá pronto para a entrevista.  Chego lá e já tem algumas pessoas sendo entrevistadas. A entrevista estava sendo feita com a gerente de RH da Barred’s. Todas eram meninas, eu era apenas o único homem da seleção do Nube. Além disso, nem todas estavam de social, umas estavam de ‘roupa comum’. Fui entrevistado, senti que a primeiro momento a Cristina (gerente de RH) havia gostado de mim, mas não podia ter certeza, não conseguia ver o desenvolvimento das colegas de seleção. Durante a entrevista fiquei sabendo que o resultado sairia na hora (uma coisa boa, pois pelo menos não iria pra casa com a dúvida na cabeça), e também que seria entrevistado novamente, só que dessa vez pelo gerente do e-commerce. Aguardei me chamarem para a segunda entrevista, e só deu tempo de postar no twitter: ‘gente, torçam por mim, eu quero tanto passar... ‘. Pois bem, fui chamado, conheci o Ivaldo, conversei muito com ele e particularmente achei que mandei MUITO mal. Ele me perguntou o porquê fiquei 1 ano e meio sem trabalhar e ainda fez piada com o assunto. Quando acabou a entrevista postei no twitter: ‘acho que fui mal...’, assim que acabei de postar o resultado já veio, no momento eu estava no whatsapp com o Fagner, a Cristina apareceu na sala e disse: ‘gente, obrigado pela participação de todos, mas hoje nós vamos ficar com o Adriano’, eu fiquei sem reação, eu só tive tempo de mandar no whatsapp pro Fagner: ‘eu passei, eu passei, eu passei porra’. Depois disso, a Cristina me chamou novamente e conversamos mais um pouco, me passou os procedimentos para a admissão e me dispensou para que eu fosse atrás de toda a papelada, pois no dia seguinte as 8h eu já estaria lá para assinar contrato. Só depois de toda essa conversa eu postei no facebook e no twitter que havia passado, até então só o Fagner sabia e estava comemorando por mim no whatsapp. Quando postei no facebook e no twitter todo mundo me apoiou muito, ficaram super felizes, meu post teve mais de 60 curtis, tive uns 10 replys de parabéns, mensagens no whatsapp parabenizando. Tudo dando certo, todo mundo feliz por mim, mas a minha mãe ainda não sabia. Liguei para ela ir me buscar e não contei da novidade, quando ela chegou entrei no carro com cara de triste e ela disse: ‘e aí?’ e eu: ‘ah... TO EMPREGADOOOOOO’, ai nós dois nos abraçamos e ficamos suuuuuper felizes. Quando chegamos em casa a minha mãe pegou a lista telefônica e foi ligando pra um milhão de pessoas pra contar que eu estava empregado. Era nítida a felicidade dela naquele momento.

Eu estava feliz, e eu estava mais feliz ainda por poder dar orgulho pra minha mãe, infelizmente o clima aqui em casa estava meio ‘pra baixo’ depois de algumas coisas que meu irmão andou aprontando, e eu senti que precisava fazer alguma coisa pra trazer felicidade e orgulho ao lar, e consegui!

Por mais que pareça uma vida ótima não trabalhar por 1 ano e meio, eu não gostava totalmente. Não vou ser hipócrita de dizer que não tem um lado bom, mas todos os dias quando eu acordava (por volta do meio dia) eu pensava: ‘caramba, mais um dia minha vida assim...’. Durante esse um ano e meio sem trabalhar eu perdi muitas oportunidades, de shows, de viagens, de comprar coisas que hoje já não vendem mais, e só dei trabalho para os meus pais, gerando mais louça na pia, gastando mais do que o necessário. Não posso reclamar de nada, meu pai sempre me deu dinheiro pra sair, nunca negou nada, mas é diferente, sabe? Eu tava com saudades de receber o MEU salário no quinto dia útil do mês, de pagar a conta do MEU cartão de crédito, de sair sem precisar ‘pedir’ pro meu pai. Mas ao mesmo tempo, eu tinha medo de trabalhar e não me adaptar, de ser mandado embora com pouco tempo de casa, de não conseguir acompanhar o ritmo do meu TCC (que ta devagar quase parando), mas eu não podia continuar assim pela a vida toda, com medo de trabalhar, eu via gente tão ‘mais burra’ (sendo preconceituoso mas ao mesmo tempo sendo realista) que eu trabalhando e se dando bem, porque eu não poderia ter essa chance? E ela me foi dada. Há duas semanas eu to trabalhando, acho que estou fazendo um bom trabalho e quero continuar lá por muitos e muitos anos.

Afinal, não posso querer muita coisa, além de trabalhar em uma área que eu gosto (relacionado a internet), perto de casa, no ar condicionado e apenas 6 horas diárias. Ta tudo sendo muito novo, eu to ansioso pra receber meu ‘segundo primeiro salário’, nem lembro mais como é. Uma curiosidade é que: no meu primeiro emprego, a entrevista também foi em agosto, e o resultado também veio no dia. Nos meus dois empregos eu fui aprovado no mesmo dia e no mesmo mês, e ainda tem gente que odeia agosto, hahaha.

Bom, esse é o maior post do meu blog até hoje, mais de 1.300 palavras, não faço nem ideia de quantos caracteres tem, mas eu queria deixar tudo bem detalhado, para que eu possa ler e me lembrar futuramente. Eu sei que metade das pessoas não leram até o final, mas você que leu, obrigaaaaaaado. Se você estava no twitter no dia da entrevista e também torceu por mim obrigado mais ainda!


Ta, parei.
Boa noite, um beijo pra vocês. =]


Post feito ao som de ‘Segredo – Manu Gavassi e Chay Suede’, musica linda que conheci, quem quiser escutar (vale a pena), o link ta aqui.