20 de set. de 2019

Uma história de amor, de aventura e de magia.

Pois é, um dos dias que mais esperei em toda a minha vida aconteceu: finalmente fui em um show de Sandy e Junior. Eu acredito que todas as pessoas que lerão este texto saibam que sou fã deles, mas a maioria das pessoas não sabem o quanto, e é isso que vou contar neste post, vem que a nossa história tá começando.

Sandy e Junior foram meus primeiros ídolos, o primeiro LP que ganhei foi o ''Pra Dançar Com Você'' e, depois desse, eu tive exatamente TODOS os cds e dvds de Sandy e Junior, sem pular nenhum, incluindo edições especias e exclusivas. O mais especial pra mim foi o ''Você é D+'', que eu ganhei em fita k7 e ouvia muito no carro, em todos os passeios, é o mais nostalgico pra mim na parte infantil. Nas minhas festas só dava Sandy e Junior, eu tinha caderno, perfume do Junior da Avon, agenda, adesivos do Yakult, postêrs, quadros, revistas, tudo que tinha a cara desses dois a minha mãe me dava. Tomei muito Yakult, Biotonico e tudo que eles faziam propaganda. Quando a filha da minha madrinha, Bianca, vinha aqui pra casa, nós brincávamos de Sandy e Junior, eu fazia um palco com meus pôsters e a gente sempre cantava e dançava as músicas. Em São João da Boa Vista não era diferente, tinha o hábito de passar as férias com a Babi e era de lei brincar de gravar clipes (fictícios, naquela época não tínhamos filmadora). Chuva com mangueira, folhas, flores, tudo pra simular As Quatro Estações, o clipe que a gente mais gostava de recriar.



Falando em As Quatro Estações, meus pais tentaram me levar no show do Olympia, mas, com o fenômeno, obviamente não conseguimos ingressos, trauma da minha vida até hoje, só não maior de não ter consigo na última turnê, Acústico MTV, que tentamos comprar por inúmeras vezes, também sem sucesso. Nem preciso dizer que cresci traumatizado por não ter conseguido viver nenhum show da dupla durante a minha vida, para se redimir, fui com a minha mãe em todas as turnês solo da Sandy aqui em São Paulo (que inclusive, o Junior chegou a subir no palco algumas vezes e por ironia do destino, nunca nos shows que eu estava).



Como a dupla foi criada um pouco antes de mim (1991-1992), a minha vida inteira acompanhei o crescimento dos dois que também foi o meu. A parte infantil, a transição, a parte pop e o fim. Em 2007, o orkut estava no auge, eu como sempre, muito ativo nas redes, me lembro até hoje de entrar na comunidade e me deparar com o anuncio do fim da dupla. 17 de Abril de 2007, data que nunca esqueci. Fiquei em choque, embora eu já esperasse algo do tipo. O último album de estúdio da dupla, de 2006, a última faixa se chama ''último'' e é apenas uma trilha incidental sem letra, a pulga já estava atrás da orelha há quase um ano, e, logo depois foi confirmada. Fiz uma arte pra postar no meu orkut como homenagem e acompanhei o lançamento da dupla. Comprei o CD Acústico em Agosto de 2007, no primeiro dia que saiu e o DVD no mês seguinte, após a exibição na tv, obviamente na Mtv. Lembro de chorar muito enquanto assistia, principalmente na música Inesquecível, uma das melhores versões do Acústico. O último show, em dezembro de 2007 aconteceu e como já disse, infelizmente eu não estava lá. Como a internet naquela época caminhava a passos lentos para multimídia, tive acesso a poucos vídeos e fotos do show no dia seguinte, mas me recordo de chorar muito vendo um vídeo em que o Junior chora cantando a música Super-Heroi e do momento que eles cantam Dias e Noites. Como sabemos, o show foi gravado e a Sandy disse que não pretendia lançar o material, as imagens ficariam apenas em posse deles, para nossa tristeza. Mas, como Alice que sou, sempre imaginei que 10 anos depois, 2017, pudessemos ter acesso a essas imagens em celebração aos 10 anos do término, que nada, mas, eu não sabia que algo muito maior me aguardava.



Em 2010, quando fiz 18 anos, a Sandy lançou o cd Manuscrito e ele até hoje é o melhor cd da minha vida. Continuei acompanhando Sandy e Junior, agora, individuais. Confesso que mais a Sandy, por me identificar muito mais com o trabalho dela, mas, nunca deixei de ouvir, assistir e comentar sobre o quanto queria um retorno da dupla, apenas para um show comemorativo. Diferente de muitos fãs, não torço para que eles continuem, estou muito satisfeito com o trabalho de ambos individualmente e acho que essa imensa turnê já é mais que necessária. Não descarto uma parte 2 daqui uns 10 anos, mas, por enquanto já me dou por satisfeito. Achei que já tinha me realizado o bastante em ir nos shows da Sandy, mas aquela vontade de ter vivido aquilo sempre me acompanhou.

Participo de um fã clube oficial da Sandy, por isso estou em grupos no Facebook e no Whatsapp e vira e mexe surge um novo boato de fulano que ficou sabendo que ciclano contou pra beltrano e afins, eu sempre fui muito pé no chão e nunca acreditei. Na minha mente, Sandy e Junior um dia se reuniriam sim, um dia, talvez, quem sabe, para apenas um show comemorativo e que seria uma coisa muito intimista. Até que, em dezembro de 2018 mais um boato desses surgiu, obviamente não acreditei e segui o baile. Em janeiro os boatos estavam muito fortes, evidências em cima de evidências, confesso que comecei a achar estranho e a ficar um pouco ansioso, os boatos tomaram proporções absurdas, a imprensa já noticiava como certo a turnê comemorativa, mesmo ainda sem a confirmação deles. MAAAASSS, dia 31 de Janeiro, último dia do mês, Sandy e Junior, em seus respectivos usuários no instagram, postaram um storie com a legenda: ''vamos conversar em março?''. Nem preciso declarar aqui o quanto surtei e como fevereiro demorou anos para passar. Pra preencher o tempo eu já fazia planos, imaginava a sofrência que seria na compra dos ingressos, pensava na setlist, roupas e tudo mais que poderia ser imaginado sem nem ter a certeza exatamente do que seria.

Março chegou, o anuncio veio, poucas vezes surtei tanto nessa internet como no dia da coletiva sobre a turnê. A Nossa História foi anunciada. 24 de Agosto no Allianz Park. Eu ainda teria que esperar mais de 5 meses pra realizar meu sonho. A venda de ingressos, desde a pré-venda foi um caos. Nos meus sonhos, quando Sandy e Junior retornassem, o show haveria muita procura, sem dúvidas, mas um Allianz Park estava além dos meus planos, quando a pré-venda de 10 shows esgotou em MINUTOS eu pensei: ok, temos um problema. Eu já estou acostumado com a alta procura os ingressos para os shows solos da Sandy, mas o que passei para comprar os ingressos desse show acho que nunca passei por artista nenhum. Eu entrei umas 10 vezes na fila de espera, em 3 notebooks, 3 celulares, cada notebook com várias abas, tudo pra dar certo, tinha que dar, e deu, pelo menos pra mim, mas, pra grande parte das mais de 400 mil pessoas na fila não deu certo. Um show extra pro dia seguinte foi anunciado, que obviamente também esgotou em minutos, e, depois, outros dois shows para Outubro foram anunciados. Não entrava na minha mente que essa turnê bateria o recorde do Allianz Park (na verdade, o artista que mais tocou no Allianz foi o Paul McCartney com 5 shows, mas em diferentes anos), Sandy e Junior estão fazendo 4 shows ''seguidos'' no Allianz, SURREAL.

Nesses 5 meses que  aguardei perdi a conta de quantas vezes me emocionei sozinho em casa, ouvindo algumas musicas, vendo dvds e afins, a ficha não tinha caido que meu sonho iria se realizar. Além da experiência do show, duas exposições foram criadas para rodar o Brasil com as principais coisas envolvendo a carreira deles. Eu me privei de ver qualquer coisa sobre o show ou sobre a exposição. Eu queria que fosse TUDO surpresa por dois motivos: 1 - eu tava com medo de me decepcionar com o setlist e não ir no show tão entusiasmado se musica x, y ou z não estivesse no show, e, 2 - eu tenho crise de ansiedade, então, se eu soubesse o setlist, eu sei que ia ficar durante o show todo: ai falta 10 musicas pra acabar, falta 9, falta 8... eu não queria passar por isso, eu queria que tudo me impactasse, gostaria de receber tudo de surpresa e assim aconteceu. Silenciei fcs, silenciei os próprios, amigos que foram nos shows da turnê antes de mim não conferi stories, fui totalmente cru e a experiência foi a melhor possível (Inclusive, estou fazendo isso novamente para poder ir no show de outubro).



Agosto chegou, o dia 24 não, os dias passavam e eu não sabia falar sobre outra coisa. Para conter a ansiedade, visitei a Sandy e Junior Experience na mesma semana do show, ganhei o box com todos os cds do meu amor e os dias seguiram na expectativa pro show. O tão esperado dia chegou. Saí de casa com o Cassih rumo a um dos dias mais emocionantes da minha vida. Chegando no Allianz Park, só ao descer do ônibus já me emocionei e comecei a chorar, que coisa mais surreal estar ali. Engraçado que o clima de show contagia a gente, milhares de pessoas de camiseta, faixinha, filas, tudo se torna bonito de ver. Encontrei Alisson, Fagner, Bruna e entramos na fila. As 16h os portões abriram, pegamos ótimos lugares e agora era só esperar mais 4 horas até o inicio do show. Eu tava tão empolgado que confesso que por um milagre as horas passaram rápido. O show começou. Eu juro que eu não consigo lembrar com exatidão de muita coisa. Eu só sei que eu chorei muito, assim como imaginava nos meus sonhos já de anos e acho que só eu sei o quanto eu me senti feliz e realizado. O setlist? Perfeito! Não senti falta de nada. As 3 músicas que eu mais amo estavam no show, uma delas se chama Libertar e eu jurava que não estaria, nem single foi, que momento lindo, meu Deus. As duas horas passaram voando e voltei pra casa em êxtase, o sonho foi realizado e de uma forma muito maior e melhor do que imaginei. Não gravei nada, só tirei uma única foto, me entreguei 100% aos dois e ao momento.



Nos dias que seguiram, é obvio que o assunto foi só esse, e, com o show de outubro com certeza novas histórias serão criadas. Literalmente, o que eu senti não dá pra explicar ou cantar numa canção. Obrigado Sandy e Junior por terem sido meus primeiros ídolos, por serem especiais pra mim até hoje e por me darem um dos melhores dias da minha vida. Eu amo vocês.












Mas um sentimento quando é pra valer, cedo ou tarde faz o que era sonho acontecer. - Nada é por acaso. 










Foto: @vnncarvalho 

16 de jul. de 2019

E a areia nos meus olhos é a mesma que acolheu minhas pegadas.

É, eu voltei. depois de um ano. e eu estou muito feliz por isso. Acho que a maioria das pessoas que lerão isso aqui já me conhecem e provavelmente já sabem muitas coisas, mas hoje trarei um lado mais sentimental e até então pouco comentado por mim. 




O Hopi Hari já foi o meu parque preferido. Sim, talvez muitas pessoas não saibam disso, mas, por uma parte da minha pré-adolescência e adolescência, eu era viciado em Hopi Hari, em meio ao boom da inauguração, de inúmeras reportagens na Eliana, de comerciais e afins, eu era um fã muito assíduo. Um dos primeiros sites do parque, lá no comecinho da internet (que eu ainda não possuía mas acessava da casa da minha tia) eu tenho muito fixo na minha mente, como se fosse de ontem, de tanto que acessei. Os anos passaram, e, o meu amor por um parque aqui da capital, que fica há alguns minutos da minha casa aumentou. Aumentou muito. Explodiu. Eu fiquei anos sem visitar o Hopi Hari e ao mesmo tempo me habituei a visitar o Playcenter praticamente semanalmente (já fui 4 vezes em uma mesma semana). Ao mesmo tempo, o Hopi Hari sempre foi uma montanha-russa na questão administrativa, e esse assunto me enjoava e também me afastava cada vez do parque. Em 2010 resolvi voltar ao parque, após anos sem visita-lo e me alegrei com algumas coisas que vi. No ano seguinte fiz meu primeiro anuali e passei a frequentar o parque com mais frequência (por frequência lê-se: poucas vezes ao ano comparado ao número de visitas ao parque da capital). 


algumas visitas icônicas durante a infância e adolescência

Em 2012 o Playcenter fechou, a pergunta que muitos me fizeram: agora o Hopi Hari é seu parque preferido? A resposta obviamente vinha de um cheio de certeza: NÃO. Até hoje o Hopi Hari não tomou e nunca irá tomar o que o Playcenter significou pra mim, mas, nos anos seguintes as coisas mudaram de figura. Em 2016 tirei minha carteira de motorista, e, na sede de dirigir, acabava caindo no Hopi Hari por ser gostoso de dirigir até lá. Relembrando o já saturado meme 'ai gabi, só quem viveu sabe', em 2016 o Hopi Hari estava quase no auge da decadência - só não pior que no primeiro semestre do ano seguinte, mas, mesmo assim era gostoso visitar o parque, pelas companhias, por ser o único parque de diversões em São Paulo e pela polêmica Hora do Horror. 
Nos primeiros meses de 2017 me abstive de visitar o Hopi Hari pois a situação estava deplorável. As atrações abertas cabiam nos dedos de uma mão, o parque absurdamente vazio, um clima de enterro que era impossível não ser sentido. Em 23 de Abril de 2017 estava eu, o Gustavo e mais umas 30 pessoas no parque, não aguentamos ficar e fomos embora. Dias depois, como já era previsto, o Hopi Hari fechou as portas, muitos acreditavam que pra sempre - eu também, até que um novo presidente apareceu e prometeu restabelecer o parque em aparentemente três meses. A internet ao mesmo tempo que apoiava, mais uma vez se via refém do pensamento 'será que agora finalmente vai?'. Durante esses três meses, acompanhamos diariamente fotos, vídeos, lives e textos do presidente mostrando reformas, comentando dificuldades e comemorando as tão difíceis vitórias de reerguer um parque praticamente sucateado.


mais algumas visitas especiais

05 de Agosto de 2017, o renascimento. A reabertura do país mais divertido do mundo. Um dia icônico, com todos os amigos de anos, personagens, fita de inauguração, parque renovado, atrações funcionando e um belíssimo show de fogos no final - é, belíssimo até um incêndio começar e um pequeno (mas controlado) tumulto nos assustar. O dia icônico tinha sido esquecido em meio ao choque. De onde estávamos não havia a dimensão do tamanho do incêndio e o que estava sendo queimado, só víamos as labaredas e muita fumaça. Retornamos para casa em silêncio no carro e tentando abafar os comentários na internet, que obviamente não deram certo e rapidamente se espalharam nos sites de notícia: 'Hopi Hari tem incêndio em sua reabertura'. Visitei o parque novamente no dia seguinte, 06 de Agosto, dessa vez com uma nova e tranquila queima de fogos como deveria ter sido no dia anterior. Naquele momento não teve como não se emocionar e torcer por um bom futuro pro parque. Continuei indo semanalmente ao parque, ir ao Hopi Hari se tornou prazeroso pois toda semana havia uma 'novidade'. Seja ela o retorno de uma atração, de um show, uma pintura, uma reforma. Foi muito bom acompanhar de muito perto os primeiros meses de retorno do país mais divertido do mundo, até que...


inúmeras visitas durante a nova gestão


Abril de 2018. Estreia do Hopi Night. Mais uma vez, estava entre muitos amigos no parque e prestigiando o início de mais um dos eventos. O dia era esperado por mim. Havia acabado de trocar de carro e pela primeira vez iria dirigi-lo, e, também, iria pedir meu pretendente em namoro. Tudo arquitetado minunciosamente na minha cabeça e até combinado com alguns amigos. Andar em muitas pessoas pelo parque é complicado, então, por falta de tempo o pedido não aconteceu (felizmente), mas um episódio que mudou meu ano de 2018 estava prestes a acontecer. Aproximadamente 19h40, em Kaminda Mundi, todos aguardavam o encerramento do Hopi Night, até que eu e meus amigos vimos o presidente do parque e resolvemos pedir uma foto com ele (ele estava com uma maquiagem neon, muito semelhante a da Mc Loma no clipe de Envolvimento e por isso resolvemos fotografar). Abordamos o presidente e fomos surpreendidos pela resposta: 'Eu vi o que você comentou na internet'. Me assustei. Naquela altura do campeonato eu era fã do parque, e, consequentemente existia um carinho e respeito pelo então presidente que fazia tudo aquilo acontecer, eu não havia falado mal do mesmo na internet, muito pelo contrário, já cheguei a defende-lo e até fui agradecido por isso. Achei que se tratava de uma brincadeira e relevei, minutos depois, o mesmo aparece rodeado de seguranças, aos berros, me expulsando do parque no meio do evento e das milhares de pessoas que estavam ali, assim como eu, esperando o encerramento do Hopi Night. Eu só sabia tremer. Eu não entendi o que estava acontecendo, tentei argumentar com os seguranças, que ríspidos quase não deixaram eu pegar minha mochila no Guarda-Volumes. Saí do parque com meus amigos, tremendo, em choque, sem entender o que aconteceu e todos em volta tinham a mesma reação. Dirigi 70km até minha casa, ainda tremendo e sem conseguir prestar atenção na rodovia, eu não sou dos mais fiéis, mas eu juro que naquele dia parecia ter alguém dirigindo por mim, pois eu não estava em condições psicológicas para enfrentar uma das maiores rodovias do país. No dia seguinte, domingo, entrei em contato com o presidente, tentando entender o que aconteceu, pois sem dúvidas se tratava de um enorme mal entendido, o mesmo não respondeu. Sendo assim, na segunda iniciei uma batalha judicial contra o mesmo e contra ao parque. Eu me sentia traído, me sentia injustiçado. Eu não tive a oportunidade de me explicar, fui expulso como um marginal do lugar que mais frequentei nos últimos meses e anos. Eu precisava de uma resposta. 
7 de abril de 2018, o dia que tudo aconteceu. 

No mesmo ano, em Junho, resolvi voltar ao parque com meus amigos e meu namorado e a a situação foi a pior do mundo. Eu precisei tomar 3 calmantes para entrar no parque, e, mesmo assim, dentro dele não tive paz. Tremi, suei, uma sensação horrível de estar fazendo algo errado, mesmo não estando fazendo. Não curti o dia e voltei pra casa ainda mais na sede de resolver isso. Duas audiências aconteceram e não houve acordo entre as partes, questionei sobre a possibilidade de um retorno ao parque e a advogada do parque disse que não poderia fazer nada por mim. Ainda assim, em agosto, estreia da Hora do Horror, resolvi voltar ao parque, pois era um dia especial onde estaria muita gente que gosto, além da estréia do principal evento do ano, mas, até então, eu não sabia que o Horror aconteceria as 4 da tarde. Logo na entrada ao parque, dei de cara com o presidente, que em minutos escalou todo o batalhão para me expulsar mais uma vez. Fui direcionado ao SAV, onde fui formalmente expulso pela advogada do parque por telefone (até hoje possuo a gravação dessa ligação) e pelos funcionários do marketing. Eu não acreditava que eu tava vivendo aquilo de novo, mais uma vez um batalhão de seguranças me levando escoltado até o carro como se eu tivesse cometido um crime dentro do país mais divertido do mundo - divertido pra quem? Tentei registrar um B.O na delegacia de Vinhedo mas infelizmente não obtive sucesso, a mesma só estava trabalhando com 'emergências'. Vim pra casa e a partir daí o pesadelo só começou. Tive crises de ansiedade, inúmeros pesadelos com o presidente e suas expulsões, tomei calmantes várias vezes, naquela época eu realmente não cheguei ao fundo do poço devido ao meu amor e aos meus amigos que tanto me acalmavam e me diriam para aguardar o melhor. E esse melhor aconteceu. Ganhei a batalha judicial contra o parque e o presidente em todas as instâncias. Obviamente, eu não merecia ser expulso do local, pois acima de tudo sou cliente e também não foram apresentadas provas contra mim. O tal comentário que eu havia feito na internet e que  tanto me acusaram até hoje não apareceu. Ainda aguardo o cumprimento da sentença, onde o parque já tentou recorrer e perdeu mais uma vez. O processo pode ser localizado facilmente na internet para quem tem interesse. Nesses meses que fiquei afastado tive um mix de emoções, pedi a falência e o fechamento do parque, as vezes chorava de saudade, morria de raiva e outras coisas que só passaram na minha cabeça. Por muitas vezes cheguei a comentar que mesmo que eu voltasse ao parque, não seria mais a mesma coisa. 


a segunda expulsão, em agosto. a de abril ninguém registrou devido ao choque.

Junho de 2019, acordo com a notícia que a presidência do parque havia sido trocada, sendo assim, eu estaria livre para visitar o mesmo novamente. Neste mesmo período, recebi um pedido de desculpas do ''causador'' de tudo isso. Minha vontade de voltar ao parque só aumentou, já que agora, eu estava sem problemas dos dois lados. E assim foi feito. Neste último sábado visitei o Hopi Hari após 11 meses da minha última ''visita'' e depois de quase 1 ano e meio da última visita decente. Eu estava muito ansioso. Estava eufórico por dentro. Por muitas vezes me senti o mesmo pré-adolescente que ia uma vez por ano (ou nem isso) nos anos 2000 e estava morrendo de saudades. Tive dificuldades para dormir na noite que antecipou o dia, acordei por muitas vezes para contar quantas horas eu ainda ia esperar para ir ao parque. Até que chegou o momento. Entrei mais uma vez no Hopi Hari e eu estava literalmente explodindo de felicidade. Eu nunca imaginei que seria tão bom estar lá novamente. Tive um dia incrível e mágico com todos que me acompanharam nessa data tão importante pra mim que agora eu só posso agradecer a todos por estarem lá. A sensação era tão boa e emocionante que parecia a primeira vez. Só eu sei o quão feliz eu estava. 


o merecido comeback depois de um ano


O futuro ainda é incerto. Estou sem meu passaporte anual (que foi cancelado em minha última expulsão) e sem disposição a gastar dinheiro no local que até hoje aguardo receber indenização pelos danos morais causados naquele fatídico dia. Mas, não posso deixar de dizer que já não vejo a hora de voltar e de poder curtir mais dias incríveis naquele local, como sempre foram. 

Danki (Obrigado) e Tchauí!