2016, que ano.
Não serei hipócrita, todos os anos as pessoas imploram para
que ‘ele’ acabe logo, a fim de iniciar um ano novo achando que tudo muda, mas
não, não muda. Também não tô aqui pra dar lição de moral, vim falar sobre mim,
não sobre os outros. Ao meu ver, não muda nada, mas vamo lá.
Esse ano foi incrível. Não sei nem por onde começo. Mudando
a tradição dos outros anos, onde fiz imagens para cada mês, agora vou deixar
que as palavras mostrem mais o que vivi. Quem me acompanha, sabe que todos os
anos eu prometo emagrecer e tirar a carteira de motorista. Pois é. Eu comecei o
ano de dieta, com o intuito de fazer uma cirurgia de desvio de septo,
amigdalite e outros problemas que eu tenho, mas a missão logo foi abortada, não
consegui emagrecer. Na verdade, o ‘não consegui’ pode ser substituído por ‘não
me esforcei’. Eu tenho uma preguiça tamanha de fazer qualquer coisa que esteja
ligada ao meu bem, eu mesmo me saboto por muitas vezes. Se eu me levasse mais a
sério, possivelmente a essa altura teria muito mais coisas do que tenho, mas,
por outro lado, eu amo a minha vida, eu amo o jeito que sou, tenho muito medo
de arriscar e dar errado. Dar errado não necessariamente significa fracasso,
mas na minha mente eu tenho muito medo de errar, qualquer que seja a coisa, eu
sempre me imagino virando a maior chacota do mundo. Mas também, e se for? Pra
quem viveu a vida inteira sendo chacota dos outros, uma a mais uma a menos
tanto faz. Aliás, não to me fazendo de coitadinho, caso estejam pensando. Nunca
fui infeliz na escola, mesmo com toda a zoeira que aguentei por ser ‘diferente’.
Sobre tirar a habilitação, finalmente consegui. Já escrevi
algumas coisas aqui no blog, mas definitivamente essa é uma das maiores
conquistas da minha vida, de verdade (obrigado pais). Eu achei que nunca conseguiria dirigir,
para mim isso era um monstro de sete cabeças, mais uma vez pelo medo de errar.
Até porque, errar no trânsito é muito pior do que ser zoado na escola ou na
carreira, errar no trânsito mexe com vidas. Eu jamais quero ser responsável
pela morte de alguém, e no que depender de mim isso não ocorrerá. Não ser refém
de carona, de ônibus e de Uber é a maior sensação de liberdade do mundo. Nada
me deixava mais feliz após um dia estressante de trabalho pegar o carro e vir
pra casa. Falando em trabalho, me demiti. Pra quem não sabe. Trabalhar na
Barred’s foi uma ótima experiência, de forma alguma cuspo no prato em que comi
por quase quatro anos. Mas a partir do momento que a coisa não começa me fazer
bem, a mexer com o meu emocional e me traz as piores sensações do mundo eu
prefiro cortar pela raiz, até porque eu não tinha um salário compatível com o
meu cargo, então garanto que quem perdeu não foi eu. Eu já disse aqui que não
me vejo trabalhando em escritório, de segunda a sexta, com uma rotina
estabelecida. Eu sempre quis um trabalho diferente, onde eu pudesse viver cada
dia uma coisa, eu não sei onde eu arrumaria esse emprego, mas acho que a minha
vida profissional estaria 100% bem resolvida quando arrumasse o emprego dos
sonhos. Meu sonho é ser ator, talvez eu não tenha o dinheiro e a
disponibilidade para ir atrás disso, acho que essa vontade é mais uma das que
vou ter que deixar na caixinha dos sonhos. Não me considero infeliz
profissionalmente, eu diria que parte do meu contrato com a Barred’s eu
trabalhei com muito amor e empenho. Eu ficava muito feliz em trabalhar lá, não
me conformo como tudo pode ter desmoronado assim. Em meu emprego anterior (que
eu também me demiti), no último dia eu chorei muito, embora eu tenha escolhido
sair, eu sabia que sentiria falta, desta vez, nem uma simples lágrima escorreu,
o stress e o desgosto corromperam todo o amor que eu criei e cultivei por todos
esses anos. Não culpo chefes e diretoria, sei que em momentos de crise o
desespero pode trazer certas atitudes (atitudes estas que me fizeram sair), mas
eu acredito muito que mais que dinheiro, contratos e cargos, as relações
pessoais merecem ser valorizadas dentro da empresa, o respeito também merece
participar das reuniões e, o agradecimento também. Aliás, eu disse que não
chorei, mas me emocionei no ônibus na volta pra casa (justo neste dia eu tava
sem carro), coloquei Lua de Cristal nos fones e as frases “tudo o que tiver que
ser será” e “que não me falte forças pra lutar” casaram exatamente com o
momento que eu tava passando.
Procurar emprego não é uma tarefa muito difícil para mim, de
quatro entrevistas que fiz, passei em três, o problema é chegar até a
entrevista. Nos próximos dias início uma jornada em busca de um novo emprego,
apesar do anseio de descobrir novas empresas, novas pessoas, novas funções, o
medo e a falta de confiança em mim mesmo me embrulham o estômago. Eu sempre
acho que não sou capaz de conseguir. Vejo as vagas disponíveis na internet e o
medo toma conta do meu ser. Talvez eu precise de terapia. Eu sei que não sou
tão ruim assim, tenho boas formações, só preciso trabalhá-las melhor. Além de
tirar a carta e me demitir (que foram as maiores realizações do ano), 2016 me
trouxe muita coisa boa. Firmei ainda mais algumas amizades, outras afastaram e
já não fazem falta, trouxe amigos de volta para minha vida e conheci algumas
pessoas novas. Mais uma vez termino o ano sem namorar, não que isso seja uma
prioridade, nunca foi, mas como eu sou ansioso, eu imagino alguns
acontecimentos e fico na ansiedade para que se tornem reais. Aliás, 2016 foi
bem fraco nos contatinhos, já estive melhor. Que esse ano me traga vários
danadinhos no contatinho do pai.
Um dos principais acontecimentos do ano foi o XuChá, que já
falei sobre ele no último post, mas como tô encerrando o ano, não posso deixar
de cita-lo. Até hoje não acredito que esses dias aconteceram na minha vida
(falo no plural porque foram dois). Juro. Eu vejo vídeos e meus olhos enchem de
lágrima. Que sonho! Em 2017 pretendo ver essa mulher muitas vezes, estar na
presença dela me traz uma alegria que não sei explicar. Quem quiser ler mais
sobre esse dia é só clicar ali embaixo em “postagem anterior” que eu explico
tudo direitinho como foi!
Falando de dias mais ‘comuns’, em 2016 teve MUITA bebedeira
(e o maior porre da minha vida no bloco de carnaval da Gambiarra), tive o
melhor aniversário de toda a minha vida em Piedade, com todas as 20 pessoas da
festa passando mal de tanto beber e de tanto dançar, estive inúmeras vezes no
Hopi Hari, conheci o Parque da Mônica, pude ver a Anitta cinco vezes e estar no
show de lançamento do DVD da Sandy. Como eu posso reclamar do meu ano se eu
tenho a melhor família e os melhores amigos do mundo?
Enfim, 2017, sei que
você já começou diferente, de 2010 pra cá eu só passei um ano novo desempregado
(o de 2013), agora a saga continua. Infelizmente minha viagem para Las Vegas
não vai rolar como planejado, mas tem várias outras coisas nao planejadas que
eu espero que aconteçam e preencham o meu ano com muito amor, porque é só isso
que a gente precisa! As promessas para esse ano são as mesmas que os outros,
com exceção de tirar a carta: emagrecer, namorar alguém legal, estudar (preciso)
e ser feliz.
Um bom ano novo pra vocês!