Depois de dois anos sem vir aqui, acho que chegou o momento de atualizar, contar sobre a minha vida, meus pensamentos, minhas ideias e tudo o que passa por essa cabeça um pouco grande do meu ponto de vista estético e as vezes tão pequena do ponto de vista psicólogo.
Eu fiz 30 anos e tive um dos melhores anos da minha vida. e eu sabia disso.
Eu tenho uma nostalgia que as vezes não cabe em mim e por isso sou facilmente iludido por recortes do passado, por isso, tenho uma falsa percepção que tudo em determinada época foi bom, mas sabemos que para cada coisa boa, há milhares de ruins acontecendo também. Enfim, retomando, eu sim estava tendo um ótimo momento e soube aproveitar da melhor forma possível.
Estes dois anos tive um crescimento pessoal muito bom. Realizei muitos sonhos, muitos mesmo e percebi que essa é a minha forma de talvez deixar a vida mais leve. Eu sonho muito e na mesma medida também realizo. E este é o gás que me faz viver.
Neste fim de semana eu ganhei uma experiência no SPA, e enquanto fazia a massagem comecei a pensar sobre mim. Na primeira vez que eu fui a aquele SPA, logo após fomos almoçar no Pecorino, um restaurante que era o meu sonho conhecer. E eu comecei a pensar sobre isso, eu tinha tanto sonho em conhecer e hoje em dia não é difícil eu ir, recentemente até pedi delivery, foi um sonho que ficou por anos na minha cabeça e que foi realizado.
Provavelmente este seja o momento que as pessoas leem e pensem 'nossa, que sonho bosta' ou 'que sonho pequeno' e é justamente sobre isso. Eu, enquanto fazia a massagem, pensei que eu tenho sonhos pequenos e por isso são fáceis de ser realizados. Eu não sou uma pessoa muito impulsiva, se eu quero um produto, uma viagem ou qualquer coisa que seja, eu sou daquelas pessoas que pesquisam sobre tudo, pesquisa preço, custo-benefício, pesquiso promoção e aí quando essas coisas saem do meu orçamento ou da minha régua do custo-benefício, elas podem se tornar um sonho, ainda que pequeno. É obvio que eu tenho sonhos grandes, como passar meses viajando, como ter uma mansão e coisas que talvez realmente sejam dignas de serem chamadas de sonho, mas também sonho pequeno, como ir a um restaurante que eu acho legal, como ter uma camiseta da adidas ou de ter um brinquedo. E a cada medida que esses sonhos se realizam, eu tenho outros e assim um circulo vicioso.
É obvio que essa minha personalidade não me impede de gastar mais do que eu deveria, inclusive tem meses que eu simplesmente passo os dias pensando 'preciso achar 10 mil reais na rua essa semana', mas isso é um assunto para outra conversa.
Nestes últimos dias uma coisa me deixou triste, fiquei pensativo sobre como é difícil quando uma pessoa é tão presente em um determinado momento e em outro você simplesmente não sabe mais nada sobre ela. E isso é muito difícil de eu aceitar. De verdade, é algo que me consome. Eu gosto muito de ser presente. Então é muito do meu hábito mandar mensagem pras pessoas sempre que eu tenho um tempo livre. Também gosto de responder tweet, responder storie, curtir as coisas, enfim, me fazer presente na vida das pessoas e obviamente gosto de sentimentos recíprocos. Não vejo motivo de mandar mensagem todos os dias para uma pessoa e ela 'só me responder'. Aliás, essa é uma coisa que cada vez mais tenho reparado. Se as pessoas com quem eu converso de fato estão conversando comigo ou se elas estão apenas me respondendo. Inclusive, sugiro esse exercício. E foi através dessa percepção que cheguei no pensamento que abriu este parágrafo. Eu sei que durante a nossa vida há centenas e milhares de pessoas que passam por ela, mas algumas deveriam durar mais tempo, mas, também, era o destino que nos uniu por pouco tempo por um proposito que só saberemos lá na frente.
No ano passado eu tive um problema de saúde, fiquei 6 meses doente. Disso pouca gente sabe. Passei por coisas que eu não desejo nem aos meus inimigos e olha que as vezes me considero bem vingativo. Eu ia em hospitais toda semana, as vezes dois por dia, precisei implorar atendimento ao meu plano de saúde, recorri ao procon duas vezes, fui humilhado por um médico, por outro fui diagnosticado erroneamente, fiquei internado, fiz cirurgia, tive um pós horroroso onde eu chorava o dia inteiro e por muitas vezes pedi para morrer pois não estava suportando. Mas isso passou. E me trouxe um outro pensamento que inclusive cheguei a compartilhar no twitter que foi 'as vezes a gente só percebe que uma coisa melhorou quando ela piora de novo', pois nestes últimos dias eu senti um incomodo, ainda relacionado ao que sofri ano passado e por mais chocante que possa ser, neste dia que eu me senti incomodado, foi o dia que eu percebi que eu estava curado e não sentia mais dores há meses. Muito louco isso.
Voltando ao tópico amizade, sempre gosto de ressaltar como sou grato a todos os meus amigos (principalmente os mais próximos) por sempre serem presentes e estarem comigo, fisicamente ou não. Este período eu realmente compartilhei com poucas pessoas, mas as que eu compartilhei foram extremamente atenciosas. Eu recebia visitas, mensagens. Minha amiga Bruna uma vez fez a feira pra mim e chegou na minha casa com uma sacola lotada de frutas. Isso eu nunca vou esquecer. Assim como meus amigos também vinham me visitar no meio da semana, no meio de suas agendas apertadas, porque eu estava me sentindo sozinho, de repouso, 14 dias deitado em uma cama. Também os meus pais que também me deram todo o suporte necessário. E por último, mas não menos importante, o meu amor. Eu não sei o que teria sido se ele não estivesse aqui. Eu sempre soube que ele era o homem da minha vida. Este facilmente poderia ser um período em que eu quisesse apagar da minha vida, mas talvez ele tenha sido ressignificado e essas lembranças positivas hoje em dia contem mais que as negativas (e olha que foram muitas).
Enfim, são 32 anos de eu sendo eu. Em constante evolução. A cada dia aprendendo mais. Me amando horrores e todo dia enaltecendo o quanto eu sou foda. E não tenho modéstia em me achar uma pessoa incrível. Inclusive eu acho que quem não é meu amigo perde muito. Me acho inteligente, me acho carinhoso, me acho verdadeiro e fiel. Mas, por outro lado, só eu sei como eu sou quando eu estou depressivo. Eu tenho muito o hábito de guardar as coisas pra mim, então raramente me exponho quando me sinto assim, mas tem dias que só deus sabe como ta a cabeça do palhaço. E está tudo bem. Aprendi que dias são dias e que tudo fica bem, uma hora ou outra. E isso foi um exercício bem difícil de aprender.
Este texto foi feito no meio do meu expediente e completamente espontâneo. Eu não me programei para fazê-lo. Então, é possível que alguma coisa ou outra não faça sentido (mas na minha cabeça fazia) e também pode ser que eu tenha aberto vários pontos sem ter encerrado, mas enfim, este texto está sendo publicado da forma que foi digitado, não farei revisão para não perder a espontaneidade.
Boa tarde. =)